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terça-feira, 4 de maio de 2010

Não tem jeito, a culpa é nossa!


Acadêmica: Geneci Loli – critica sobre a ação do homem que gera tantos desastres ecológicos.

Não tem jeito! Esta semana o assunto mais comentado, mais lido, mais visto aqui no oeste catarinense, indiscutivelmente foram os desastres causados pelas fortes chuvas ocorridas no fim de semana. Alguns podem até dizer que os meios de comunicação exageraram nas coberturas, que ao invés de publicarem assuntos novos, estão sempre batendo na mesma tecla: tragédia, tragédia, tragédia,... Mas não tem outra alternativa a não ser publicar. O fato é que muitas vezes enjoamos de tanto ouvir falar em desastres, e que toda hora estão sendo expostos pelas mídias locais. Todavia, não adianta negar, a tragédia vende mais, e sempre vai vender. Por que será? Será que as pessoas gostam ver isto? Gostam de ver familiares, amigos, vizinhos desabrigados, passando necessidades? Será que estas tragédias publicadas pelas mídias, não seriam mais uma ação destrutiva do ser humano?
Agora pensamos: meio-ambiente é tudo o que nos cerca. Mas o homem, sob o domínio do capitalismo, vem estabelecendo uma relação cada vez mais predatória contra a natureza, fazendo com que o planeta emita sinais visíveis de que nos aproximamos rapidamente de um cenário de desastre ambiental. A relação que se estabelece entre os seres vivos gera equilíbrios e desequilíbrios. Um sofre a ação do outro. Por isso, interação é o termo que explica a vida no planeta.
Imagine-se preso em um vidro submetido a muito calor. Um ser vivo sob intensas mudanças ambientais, sofre choques tão grandes que podem levá-lo à morte. Deste modo, entramos diretamente na fase de influência mútua entre ser vivo e meio-ambiente. A partir deste momento o homem começa a mudar o curso dos acontecimentos. Ele doma os elementos da natureza e os põe a seu serviço. Cria utilidades direcionadas para fins de prazer e comodidade. Na etapa seguinte, descobre que a natureza poderá ser explorada para fins de riqueza e poder. Então ele investe contra a ordem natural e anárquica das coisas. E assim, trava uma luta: natureza X homem, que busca assumir a condição de senhor das coisas do mundo. Os choques de interação homem e meio-ambiente, agora, são de outras proporções, muitas das vezes, devastadoras.

A ideologia ilimitada do progresso, a explosão demográfica, a ânsia de riqueza e poder, com certeza, são os mais graves problemas para a humanidade. É um desafio que não dá sinais. E diante dos desastres que estão ocorrendo a toda hora, e que está sendo comercializado em todos os cantos do planeta, o homem parece não ter noção de que a ideologia do progresso não é infinita, ela terá um fim dentro do espaço que ele próprio violou.
Em alguns anos a questão, para a humanidade, não será mais político-ideológica, socialismo ou capitalismo, mas de legítima sobrevivência. A ideologia do progresso ilimitado, matará primeiramente a ideologia e depois o homem, e com ele a humanidade.Para reverter essa tendência autodestrutiva, o homem precisa adotar o quanto antes como sistema produtivo e econômico um socialismo humanista e ecológico. Mas enquanto esta conscientização não chega, vai acontecendo desastres e mais desastres, tragédias e mais tragédias. E a mídia? Ah! A mídia. Não tem jeito, vai publicar!

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