O UNIVERSO DA ANÁLISE:

Os veículos de Mídia para análise foram selecionados pelos acadêmicos de forma aleatória e representam geograficamente veículos inseridos nos locais de residência dos alunos, bem como, espaços de leitura cotidiana

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Bom uso da tecnologia

Por: Lana Cappellesso

Preciso fazer um elogio à Rádio Aliança, pois estão fazendo bom uso da tecnologia para a evolução do rádio. Além de ouvir as notícias no rádio, no site pode-se encontrar imagens, áudios de entrevistas. Agora a aliança conta com uma nova ferramenta, está produzindo uma espécie de documentário, para ilustrar e melhor informar seu ouvinte e leitor.
No link a seguir está disponível o vídeo de um acidente de trânsito, ocorrido no dia 18 de maio, no Bairro Imperial, em Concórdia.
http://www.radioalianca.com.br/arquivos_internos/index.php?abrir=noticias&acao=conteudo&cat=4&id=16256
No vídeo, as imagens do resgate do rapaz acidentado são narradas pelo repórter da rádio, produzindo assim, o mini documentário.
Grande maioria da população tem a curiosidade de saber o que aconteceu e como aconteceu, enfim, todos os detalhes possíveis. Acredito que o vídeo é uma ótima ferramenta para, além de informar, sanar a curiosidade dos interessados.
Com o grande número de meios de comunicação disponível, acredito que são alternativas como esta que é preciso buscar e desenvolver, produzindo uma informação completa de som, imagem e vídeo.

O espetáculo de um Jornal Diário

Por: Janaína Moura

Enquanto se discute se a Internet vai ou não vai tomar o lugar do jornal impresso como meio de informação rápida e eficiente, a maioria dos especialistas aconselha os jornalistas a se tornarem “multimídia”, isto é, profissionais habilitados a escrever bem e rápido sobre qualquer assunto e para qualquer público, seja do impresso, do rádio, da TV, da Internet. Também se espera que o novo jornalista saiba não apenas lidar com as novas tecnologias à sua disposição, mas que saiba “pensar visualmente”, valorizando a imagem numa época em que os recursos digitais transformaram o próprio texto em imagem. O bom repórter discute a pauta com o pauteiro, a foto com o fotógrafo, o hinfográfico com o Departamento de Arte e a diagramação com o programador visual.
Quando abrimos o jornal do dia só vamos ler notícias que já vimos ontem na TV e na Internet, ou que ouvimos no rádio. Que graça tem ler matéria velha? Será que não poderíamos desenvolver a criatividade para produzir o “Jornalismo Histórico”, através das muitas ferramentas que hoje temos em mãos, como a Internet, recorrendo a pesquisas documentais, entrevistas etc, transformando fatos históricos em saborosos textos jornalísticos? Não poderíamos ser mais criativos ainda a ponto de produzirmos o “Jornal de Amanhã”?
Esse Jornal de amanhã e diário que coloco em pauta hoje em minha crítica, mas, porém através de um conceito positivo. O jornal Diário do Oeste, “não tenho dúvidas”, é o melhor jornal de Concórdia e região! Nele é retratado o ontem como se fosse o hoje. Todas as noticias que já aconteceram ontem, são retratadas de uma forma diferenciada, talvez com mais fontes, talvez um texto melhor elaborado, ou uma diagramação atrativa. Mas há falhas também, não discordo. Na questão das fotos, acredito que não são muito criativas. Mas o mais importante é com tudo, um jornal DIÁRIO. Onde requer um trabalho ainda maior.
Contudo, trás na maioria de suas reportagens algo para acrescentar aos leitores. EX: “O Espetáculo do Bolshoi”, muitos veículos trouxeram apenas que o balé Bloshoi veio até a cidade, trazendo cultura e um belo espetáculo a sociedade. Mas um pequeno detalhe ao final das matérias, é o diferencial no DOC, um “porque” é estabelecido ao final de algumas matérias. Curiosidades e muitas vezes o porque do acontecido. Também trás de volta para o leitor desinformado que não acompanhou o desenrolar da noticia, um breve histórico do acontecido.
É preciso ficar claro que registrar detalhes numa apuração diária dá muito trabalho. Mas é o que faz a diferença num universo em que os jornais são todos iguais, de norte a sul do país, porque assinam as mesmas agências e publicam as mesmas manchetes e até a mesma foto. Mas no jornal Diário do Oeste, afirmo como leitora, que isso não acontece.
Os profissionais que ali trabalham não desprezam jamais a riqueza dos detalhes, por menores que sejam, porque neles (detalhes) podem estar a chave de uma grande matéria. Mas só repara em detalhes quem desenvolve um poder de percepção, um padrão elevado de sensibilidade. Portanto, deixo claro, minha opinião!.

Importância do projeto gráfico

Por: Damara Savoldi

Diagramar é distribuir os elementos gráficos em um espaço limitado impresso ou virtual. Na diagramação de jornais e revistas, a linha editorial do veículo orienta as diretrizes que compreendem a hierarquia e a legibilidade do conteúdo. O aspecto visual é a identidade de um veículo, pois o leitor conseguirá identificá-lo sem mesmo ver o logotipo. Isso é propiciado pela adoção de um padrão, que resulta em uma unidade gráfica.
Plaza (1986) identifica que o olhar do ser humano segue caminhos variáveis, mas fortemente determinados pelos elementos de maior interesse na composição visual. Dessa maneira, segundo Silva (1985), o leitor fixa a atenção em zonas específicas de uma página de jornal ou revista. A zona primária está na parte superior esquerda da página, onde deve conter um elemento forte, para atrair o interesse. A segunda zona está direcionada em linha diagonal à primeira, ou seja, na ponta direita, na extremidade da página. Então, nesse espaço, também deve haver maior valorização do conteúdo. Seguindo, o terceiro olhar se volta para o centro da página, considerado o centro ótico, onde deve-se explorar a matéria principal. Há que lembrar ainda, que as páginas ímpares destacam-se sobre as pares. De acordo com este embasamento é possível analisar e pontuar a importância de um projeto gráfico para um veículo de comunicação impressa.
No jornal Imparcial, de circulação semanal em Concórdia e região, é possível perceber que os elementos não seguem um padrão de disposição nas páginas. Também, a falta de linhas para dividir as matérias e editorias, pode causar confusão na organização das informações pelo leitor. As tendências do jornalismo moderno apontam para textos objetivos, com “quebras” para facilitar a leitura, tornando os textos mais “leves”, o que não é encontrado na diagramação deste jornal. Já os espaços ímpares, são valorizados com colunas e matérias de destaque. Neste caso, o estabelecimento de um projeto gráfico padrão, poderia sanar alguns problemas e tornar o conteúdo mais atrativo.
No O Jornal, veículo de circulação bi-semanal de Concórdia e região, a preocupação também está em valorizar as páginas ímpares, que hierarquizam matérias e colunas de maior interesse. Os textos, por sua vez, apresentam conteúdo sério e informativo, que segue a linha editorial do jornal, mas, sua disposição de forma massiva, sem intertítulos ou “box”, pode não prender o leitor até o final da matéria. A identidade do veículo pode ser identificada no padrão de disposição dos elementos da capa, que são semelhantes em todas as edições. Por outro lado, na parte interna, as matérias variam em cada página, ou seja, não há um padrão de foto e número de caracteres para cada matéria. Portanto, uma notícia, se considerada importante, pode ocupar o espaço de uma página inteira. Essas decisões acompanham a linha editorial do jornal, avaliado sua circulação bi-semanal, que confere mais aprofundamento para as matérias. Ainda assim, o estabelecimento de um padrão visual de disposição dos elementos, poderia fortalecer a identidade do veículo.
O Jornal Diário do Oeste Catarinense, de circulação diária em Concórdia e região, indica na página 2, a existência de um projeto gráfico com planejamento e criação de Sandro Panisson. Partindo dessa informação, é possível constatar que os elementos gráficos seguem um padrão de disposição em todas as páginas. As matérias principais são sempre dispostas na parte superior, acompanhadas de foto. As secundárias, podem ou não apresentar fotos. Na lateral são dispostas matérias, seguindo a ordem de hierarquia. Os textos são curtos e objetivos, com presença de box e intertítulos. Por outro lado, as matérias que merecem aprofundamento, ocupam uma página, mas são indicadas como “especiais” no cabeçalho que aponta as editorias.
Nos três veículos é possível perceber a disposição de publicidades na parte inferior das páginas, o que é proposto por Silva em suas teorias sobre planejamento gráfico. Ainda assim, estes veículos precisam melhorar seus projetos gráficos para não “poluirem” as páginas com muitas publicidades, propiciando ao anunciante espaço exclusivo, que pode trazer mais resultado, e atendendo ás necessidades de informação limpa ao leitor, que não deve se perder entre as publicidades.

Fontes:
SILVA, Rafael Souza. Diagramacão: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa. São Paulo: Summus, 1985.
PLAZA, Julio. Videografia em Videotexto. Editora Hucitec, São Paulo, 1986.(Dissertação de Mestrado na PUC/SP , 1980-83)

O Armagedon

Por: Damara Savoldi

16 páginas e 25 espaços, que se espalham ao longo do folhear, em quadrados, círculos e retângulos. São pequenos selos, imponentes rodapés, simples ¼ ou meias-páginas em magnitude e cor. Publicidades que reinam sob o cinza dos jornais. Os anunciantes estão dispostos a pagar, mesmo com valor agregado, o preço que for, porque há tempos publicidade se lê também em jornal impresso. As notícias, neste caso, vão disputando espaço com o Armagedon que caiu de cabeça no jornalismo.
Os dados que abrem este texto foram extraídos do Jornal Diário do Oeste Catarinense, que circula em Concórdia e região. Em suma, mostram que cada vez mais a publicidade está inserida nas formas de apresentação do jornalismo. Porém, segundo prezam as teorias jornalísticas, informar é sinônimo de objetividade, precisão, noticiabilidade e antônimo de venda. Esta distinção se torna confusa, ao ponto que, o financeiro de um veículo de comunicação é sustentado pelos anunciantes e suas oportunidades de consumo.
“[...] A publicidade é um cadáver perfumado. Sempre se diz a respeito dos defuntos: ‘Ele está bem-conservado, parece até que sorri.’ O mesmo vale para a publicidade. Acha-se morta, mas continua sorrindo.” As palavras de Oliviero Toscani explicam o título de seu livro: A publicidade é um cadáver que nos sorri (6ª Ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005), no qual, sintetiza o que a publicidade pode causar em prol de uma sociedade mais alienada. Conceitos a parte, já dizia um velho ditado, “tudo que é demais faz mal”, e é desta maneira que devemos equilibrar a balança do jornalismo x publicidade. Apontar que o anúncio é o Armagedon de um jornal, seria criá-lo, porque fará mal somente se o deixarmos fazer. A questão está em “como” o jornalismo está fazendo seu papel.
Independente de cores, formatos ou quantidade, a publicidade é algo que está atrelado aos meios de comunicação. Vivemos em uma sociedade capitalista e consumista, que talvez nunca seja tão socialista quanto Marx almejou, no entanto, cabe ao jornalismo não transformar a publicidade em Armagedon. Os jornalistas, mais que informar, devem manter o equilíbrio entre o consumo e a alienação. A palavra é a arma do jornalismo para combater este tipo de demência, ou seja, a informação deve preparar o cidadão para saber distinguir entre o “ser” e o “ter”. Não há porque matar a publicidade, há que situá-la dentro de uma linha editorial.
Mais que gerar lucros, o jornalismo deve servir para auxiliar na compreensão dos fatos por parte da sociedade e estimular o pensar próprio. Se a mensagem chegar até o receptor sem ruídos, o Armagedon não terá mais forças. (Dados extraídos da edição 939 – Jornal Diário do Oeste Catarinense. Contagem de todas as publicidades da edição, exceto publicações legais)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Alegria? Não Sei!

Por: Janaína Moura

Definição do dicionário Aurélio: “Sensacionalismo”, 1 divulgação e exploração em tom espalhafatoso de matéria capaz de emocionar ou escandalizar; 2 uso de escândalos, atitudes chocantes, hábitos exóticos etc. com o mesmo fim; 3. exploração do que é sensacional na literatura, na arte etc.

Na página principal da Rádio Aliança estes eram os seguintes destaques do dia 13 de maio de 2010:
>>Três condenados por negociação de arma
>>Júri: Nova versão para o homicídio de Zainer
>>Fotos confirmam trabalho degradante em Ipumirim
>>Dezenove indiciados por tráfico
>>Quatro assaltos em 24h
>>Dedé em Concórdia

É evidente que não existe um casamento de editorias entre as manchetes, onde aparecem somente noticias policiais e apenas uma de entretenimento. Não que isso não possa acontecer, mas o que se estuda em jornalismo e que se espera de jornalistas bem preparados, é um site no mínimo bem estruturado com suas editorias bem pautadas, ainda mais um site de uma rádio renomada na cidade. Com isso ela acaba chamando a atenção de internautas fracionados, não agregando informação para um mundo mais amplo de visitantes. Ou então escolhe o sensacionalismo como objeto principal.
Com toda certeza a mídia que não publicar qualquer noticia com relevância ao público, seja ela policial, cultural, de saúde ou de política, estará perdendo de vender o seu produto. Mas acredito que a união das noticias contendo um elo entre si e um mundo maior de informações acaba conquistando um público maior de simpatizantes, e assim transformando o site da Aliança com a cara da rádio, que por sinal está cheia de locutores preparados e admirados na cidade, basta apenas mudar alguns conceitos, porque estamos cansados de saber apenas das noticias ruins, queremos noticias jornalísticas relevantes ao nosso dia-a-dia e que nos proporcione uma ida para um mundo melhor. Ou apenas nos amorteça com uma realidade distante, mas que exista de alguma forma. Diante do contexto apresentado poderíamos encaminhar no sentido de que o site está fugindo totalmente do lema da emissora, “Rádio Aliança, Informação e Alegria”. Alegria ? Não sei, tenho minhas dúvidas!.

Movimentos culturais faltam na pauta

Por: Gislaine Zanella

Utilizada para caracterizar várias terminologias, a palavra Cultura é ampla, mas em sua essência se configura em um mesmo preceito estético e funcional. Para o antropólogo britânico Edward Tylor a definição conceitual de cultura, aliada a civilização “ é um conjunto complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, os costumes e as outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade”.

Para o museólogo, Marcelo da Silva que é também Diretor de Patrimônio do Instituto Cultural Pe. Vittório Pozzo de Orleans/SC, a cultura é um instrumento de integração e valorização do ser humano, que atinge seu objetivo quando conserva, preserva e comunica a sociedade atual a sua origem. Aliado a esse contexto, é possível acrescentar a opinião da antropóloga cultural norte-americana Margaret Maed, que define a transmissão cultural como elemento formador das sociedades.

No entanto, movimentos culturais estão poucos inseridos no cotidiano dos concordienses. Lamentavelmente, uma pequena parcela dos veículos de comunicação de Concórdia utilizam a cultura como editoria, sendo que outros, como os sites de notícias que não a utilizam. Entre esses, podem ser citadas as páginas eletrónicas da Rádio Rural e da Rádio Aliança.

Agricultura, economia, educação, esporte, política, polícia e saúde são as principais editorias presentes nos sites do município, sendo que política e polícia são as de mais destaque. Dentre essas, porque não está a de cultura?

Reconhecida como instrumento social, que contribui para a construção do caracter crítico ideológico do ser humano, a cultura, bem como assuntos conectados a ela, são temas de interesse público. Portanto, deveriam estar inseridas como tais pela mídia concordiense, independente se há ou não, o patrocínio de quem a promove.

Sessões de cinema, peças de teatro e apresentações artísticas podem virar pautas e gerar ótimas matérias, que além de despertar o interesse dos munícipes, agregariam aos sites mais diversidade de conteúdo, e assim atender todos os públicos que os acessam.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Imparcialidade ou opinião jornalística (01)

Por: Damara Savoldi

O texto jornalístico e as imagens usadas nos veículos de comunicação informam, criam laços e transmitem sentimentos. Cada palavra e imagem tem poder e mensagem implícitos, ou seja, falam por si só. No entanto, o contexto em que elas estão inseridas é um dos fatores determinantes para apontar a direção que o entendimento vai tomar. O uso irresponsável do material jornalístico causa desgaste e interpretações infinitas.
Diante de uma sociedade recheada de estereótipos e preconceitos, novidades surgindo diariamente e pessoas famintas por notícias inéditas, são naturais as dúbias interpretações. Por isso, os jornalistas precisam expressar com exatidão a notícia, tendo como premissa básica a imparcialidade dos fatos. Utilizar termos que reforcem preconceitos e imagens que causem impacto sensacionalista, podem alterar o sentido real do fato na hora da interpretação do público leitor.
Por outro lado, é preciso ressaltar que a imparcialidade total é um tanto utópica, já que o sentido de informar é ultrapassado quando se faz a seleção de palavras e imagens a serem usadas em uma matéria. Tudo que é publicado gera opiniões e discussões no público e não há como impedir as múltiplas interpretações. Assim, se o jornalismo é o porta voz da opinião pública, não há como escapar de algum tipo de posicionamento, mesmo mantendo a neutralidade.
Dado o caráter social do jornalismo, a imparcialidade prevê também abrir espaço para a manifestação do público diante de fatos ocorridos. Como expressa Roberto Della Santa Barros, “o órgão de comunicação não apenas pode, mas deve orientar seus leitores/espectadores, a sociedade, na formação da opinião, na tomada de posição e na ação concreta enquanto seres humanos e cidadãos”.
Os veículos de comunicação de Concórdia e região, por serem de pequeno porte, muitas vezes preferem omitir informações prejudiciais a órgãos mantenedores do veículo. Neste caso, a imparcialidade se choca com o capitalismo. A presença de publicidade ou matérias protecionistas a administração municipal, podem ocultar problemas, que hora ou outra, estouram. Aí, como será o posicionamento da mídia?

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/spe260620021.htm - Os fiéis escudeiros do barão de Münchhausen de Roberto Della Santa Barros

Imparcialidade ou opinião jornalística (02)


Por: Damara Savoldi

De acordo com a explanação sobre imparcialidade e o objetividade no jornalismo, que pregam um texto orientado por informações objetivas, não subjetivas, bem como a busca pela “palavra limpa”, que evite ao máximo sentidos tendênciosos, é possível analisar a abordagem de situações ocorridas recentemente na região.
A cobertura jornalística feita pelos veículos de comunicação concordienses sob a enchente que aconteceu em Concórdia no domingo, dia 25 de abril, permite apontar a presença de tendências de opinião, mas, ao mesmo tempo presença de imparcialidade. Mais uma vez, é possível notar a linha tênue que separa os dois extremos – imparcialidade e opinião.
Os veículos locais impressos pautaram as edições da semana com notícias geradas pela enchente. As imagens do desastre foram exploradas com ângulos que realmente mostravam a destruição. Matérias expressaram a angústia e indignação de pessoas que tiveram prejuízos significativos por causa da enchente. No entanto, os veículos não se preocuparam tanto em apontar as reais causas do desastre, como mostrar o caos. A pergunta ficou no ar: a culpa é de quem constrói em locais inadequados (beira do rio Queimados) ou o problema é a falta de um programa de contenção do rio que atravessa a cidade (tendo em vista que a natureza ocupa o lugar que quiser, quando bem quiser)?Talvez essa resposta possa ser encontrada na publicação de uma opinião do leitor, em forma de imagem montada, na página 16 de um veículo local. A interpretação requer o entendimento do contexto em que Concórdia está inserida e a tendência opinativa que a imagem carrega. Porém, ao publicar, o veículo de comunicação mostrou espaço para manisfestação pública, sem pensar em quem beneficiaria ou prejudicaria, publicando tal.

Carne suína em pauta

Acadêmica: Fabiana Martins
7ª Fase do Curso de Comunicação Social – Jornalismo
Notícia retirada site da Rádio Rural AM(7/5/2010 às 07h34)
Matéria com áudio de Paulo Gonçalves.


Quando se fala em exportações de carne suína, Concórdia pára para ouvir quais são as novidades. Estas informações são importantes, pois mexem especialmente com a economia do município e da Região. O consumo à carne suína é incentivando, buscando além do mercado interno, o mercado externo. Aqui, na capital do trabalho, a movimentação financeira é uma cadeia, que tem como um dos elementos mais relevantes a carne suína.
Nesta sexta-feira(7-5-10), uma notícia publicada no site da Rádio Rural AM, mostra a expectativa do governador do Estado de Santa Catarina Leonel Pavan, sobre a exportação de carne suína para os Estados Unidos, Japão e Coréia. A outra expectativa é a de abertura do mercado europeu.
A notícia veiculada com o seguinte título “EUA aprova compra de carne suína catarinense”, causa impacto. A linguagem é coloquial e bem objetiva, o que além de ser algo característico do meio eletrônico e do rádio, facilita o entendimento por parte dos internautas e por sua vez, o acesso destes ao site em busca de notícias.
Outra característica, deste fato noticiado é a foto utilizada. A imagem do governador do Estado sorrindo mostra que as informações são positivas e podem gerar bons resultados para a economia da Região e do Estado. O áudio também merece destaque, pois ele reafirma o que está escrito no texto jornalístico.
Percebe-se que a emissora radiofônica além de informar, soube utilizar-se bem de recursos como foto e áudio. Isso, faz com que além de mais visitantes, o site também deixe mais forte a marca da rádio, por esta tratar de assuntos que interessam aos concordienses e à Região. Outro fator que deve ser levado em conta, é que a emissora concorrente não divulgou no dia 7 de maio, em site, estas informações, deixando espaço aberto para que a Rádio Rural pudesse explorar o fato.
Assim, a divulgação de uma notícia de interesse do público local e os recursos com que esta se apresenta, fazem toda a diferença para os internautas. Um texto com recursos que a complementam, fazem com que o veículo comunicacional seja acessado frequentemente, difundindo assim, a marca da Rádio Rural. Desta maneira, ao utilizar estes recursos, a emissora cumpre o papel de levar informação de qualidade ao público.
Portanto, a qualidade na hora de informar é essencial. Um texto sozinho não possui a mesma força que um texto acompanhado de foto e áudio. O que não se pode esquecer, é que a importância local que os fatos possuem deve ser considerada, pois a proximidade do público para com as informações veiculadas é de extrema importância, sem falar na credibilidade que é adquirida por meio do que é divulgado e daqueles que a divulgam. Por isso, não basta informar, mas saber para quem se informa.

Política imparcial

Por: Graziele Buth 7ª fase

Hoje decidi fazer uma critica positiva. É preciso dar a mão a palmatória e dizer que os colunistas políticos dos jornais e rádios da nossa região conseguem ser, na medida do possível, imparciais. Sempre com informações novas, quentes e verdadeiras, conseguem repassar o cenário político local e nacional de forma objetiva e coloquial, para que o povo, a massa que vota e que elege os personagens principais dessas notícias, entenda as matérias e saibam como agir.
Principalmente no âmbito local é necessário enfatizar que há uma disputa muito acirrada entre partido de situação e de oposição, aumentando ainda mais quando se trata de um representar o poder público municipal e outro o estadual. Mesmo assim os políticos não podem deixar que suas disputas partidárias prejudiquem o publico ao qual eles administram ou devem satisfações. Quando isso acontece, a mídia regional, de forma informativa e os colunistas políticos de forma bem direta, expressam a sua opinião, são ouvidos e muitas vezes conseguem mobilizar o poder publico, levando com eles grande parte da população, devido à credibilidade, confiança e profissionalismo destes jornalistas.
As rádios, agora com a ferramenta do blog, têm colocado os colunistas cada vez mais próximos dos habitantes, também através de comentários e espaço para interatividade, proporcionando aos cidadãos que acompanham suas noticias, concordar ou discordar de suas opiniões, mais um mecanismo de voz e democracia ao povo.
Outro ponto a ser levado em consideração nas matérias políticas, são as linhas editoriais de cada veiculo de comunicação, que de certa forma limitam a imparcialidade do colunista político, mesmo assim os jornalistas locais conseguem trabalhar isso da melhor forma possível, levando sempre em consideração os interesses da população.

Rádio escola, uma iniciativa que deu certo


Por: Lana Cappellesso

Acredito que uma crítica não precisa ser necessariamente negativa. Nos meios de comunicação locais, também há muito que se elogiar.
A pouco tempo, a Rádio Rural, por iniciativa do radialista Paulo Gonçalves, criou um programa de rádio e um blog, chamado Rádio Escola. O programa vai ao ar nos sábados, às 12h30. Neste espaço são discutidos todos os assuntos relacionados à educação, como ações desenvolvidas pelas escolas do município e da região, até demonstração de talentos dos alunos.
Tanto o programa de rádio, quanto o blog, são desenvolvidos com linguagem acessível, para que professores, alunos, e público em geral saibam o que está sendo tratado.
Acredito que o trabalho desenvolvido por Paulo Gonçalves e rádio Rural, segue uma linha séria, e ao mesmo tempo faz com que aconteça uma mistura entre conhecimento e diversão.
É de gente competente, comprometida e com iniciativa que os veículos de comunicação precisam. Pelo menos alguém já começou.

terça-feira, 4 de maio de 2010

As rádios inseridas na web

Por: Janaína Moura

Sempre quando se fala sobre rádio pela Internet, surge o questionamento do que está sendo desenvolvido na rede pode realmente ser chamado de rádio. Para responder a esse questionamento devemos pensar, primeiramente, que a Internet deve ser vista sob dois prismas: como suporte para outros meios de comunicação e como mídia propriamente dita. No primeiro caso, ocorre um deslocamento de mídias já constituídas como o rádio, a televisão, etc. para o computador. Ou seja, o meio passa a ter sua distribuição feita pela Internet, o que nos leva a pensar numa simples troca.
Tomando o rádio como exemplo, a programação feita para o dial é agora inserida no computador. Ao invés de ser irradiada por transmissores e antenas, é pela Internet que alcança seus ouvintes. No entanto, muitas de suas características essenciais são mantidas e a Internet funciona apenas como um novo suporte. Trata-se de rádio pela Internet, mas completa de informação.
Aqui na cidade de Concórdia as rádios estão inseridas na internet com um propósito ainda maior. A rádio rural e aliança têm uma qualidade de informação invejável, profissionais qualificados e competentes par exercer tal função.
O que se vê nos sites respectivos é um leyaut conciso e bem estruturado. Os moradores de Concórdia podem se considerar cidadãos bem informados através destas duas rádios inseridas na web. Qualidade de informação e sites preparados para essa nova geração da tecnologia é que não falta.

Não tem jeito, a culpa é nossa!


Acadêmica: Geneci Loli – critica sobre a ação do homem que gera tantos desastres ecológicos.

Não tem jeito! Esta semana o assunto mais comentado, mais lido, mais visto aqui no oeste catarinense, indiscutivelmente foram os desastres causados pelas fortes chuvas ocorridas no fim de semana. Alguns podem até dizer que os meios de comunicação exageraram nas coberturas, que ao invés de publicarem assuntos novos, estão sempre batendo na mesma tecla: tragédia, tragédia, tragédia,... Mas não tem outra alternativa a não ser publicar. O fato é que muitas vezes enjoamos de tanto ouvir falar em desastres, e que toda hora estão sendo expostos pelas mídias locais. Todavia, não adianta negar, a tragédia vende mais, e sempre vai vender. Por que será? Será que as pessoas gostam ver isto? Gostam de ver familiares, amigos, vizinhos desabrigados, passando necessidades? Será que estas tragédias publicadas pelas mídias, não seriam mais uma ação destrutiva do ser humano?
Agora pensamos: meio-ambiente é tudo o que nos cerca. Mas o homem, sob o domínio do capitalismo, vem estabelecendo uma relação cada vez mais predatória contra a natureza, fazendo com que o planeta emita sinais visíveis de que nos aproximamos rapidamente de um cenário de desastre ambiental. A relação que se estabelece entre os seres vivos gera equilíbrios e desequilíbrios. Um sofre a ação do outro. Por isso, interação é o termo que explica a vida no planeta.
Imagine-se preso em um vidro submetido a muito calor. Um ser vivo sob intensas mudanças ambientais, sofre choques tão grandes que podem levá-lo à morte. Deste modo, entramos diretamente na fase de influência mútua entre ser vivo e meio-ambiente. A partir deste momento o homem começa a mudar o curso dos acontecimentos. Ele doma os elementos da natureza e os põe a seu serviço. Cria utilidades direcionadas para fins de prazer e comodidade. Na etapa seguinte, descobre que a natureza poderá ser explorada para fins de riqueza e poder. Então ele investe contra a ordem natural e anárquica das coisas. E assim, trava uma luta: natureza X homem, que busca assumir a condição de senhor das coisas do mundo. Os choques de interação homem e meio-ambiente, agora, são de outras proporções, muitas das vezes, devastadoras.

A ideologia ilimitada do progresso, a explosão demográfica, a ânsia de riqueza e poder, com certeza, são os mais graves problemas para a humanidade. É um desafio que não dá sinais. E diante dos desastres que estão ocorrendo a toda hora, e que está sendo comercializado em todos os cantos do planeta, o homem parece não ter noção de que a ideologia do progresso não é infinita, ela terá um fim dentro do espaço que ele próprio violou.
Em alguns anos a questão, para a humanidade, não será mais político-ideológica, socialismo ou capitalismo, mas de legítima sobrevivência. A ideologia do progresso ilimitado, matará primeiramente a ideologia e depois o homem, e com ele a humanidade.Para reverter essa tendência autodestrutiva, o homem precisa adotar o quanto antes como sistema produtivo e econômico um socialismo humanista e ecológico. Mas enquanto esta conscientização não chega, vai acontecendo desastres e mais desastres, tragédias e mais tragédias. E a mídia? Ah! A mídia. Não tem jeito, vai publicar!

Cuidado com as repetições

Riqueza e objetividade na informação são características que devem estar sempre presentes em uma notícia jornalística, seja ela publicada em rádio, jornal, televisão ou internet. Além da imparcialidade e veracidade dos fatos, a maneira como eles são distribuídos no texto também é importante. Um jornalista deve saber utilizar a escrita e os elementos textuais da melhor forma possível, para dessa forma repassar bem a notícia ao público.
Na notícia veiculada pelo site da Radio Rural, www.radiorural.com.br, no dia 30 de abril, com o título “Ideli critica Governo do Estado”, a linha de apoio do título é exatamente a mesma que a frase inicial da matéria. O texto fala sobre a crítica que a senadora fez ao governo, referente à liberação de verbas que o estado recebeu do Governo Federal. A frase diz o seguinte: “A senadora Ideli Salvatti afirma que o Governo de Santa Catarina não fez o dever de casa, já que o Governo Federal liberou ainda no ano passado R$ 110 milhões, que poderiam ser aplicados em obras de prevenção contra enchentes.”
A informação contida na linha de apoio é importante e complementa o texto, porém não há necessidade de ser repetida na íntegra logo após, isso empobrece a matéria. A impressão que se tem é de que ela foi repetida apenas para dar volume a notícia. Desta forma, o texto poderia ter sido usado apenas como uma nota ou a busca de maiores informações seria uma saída mais interessante. Outro ponto a ser considerado é o fato de ser uma notícia de internet, geralmente se usa a “desculpa” de que notícias na web são publicadas rapidamente. Mas a matéria em questão não é um fato “quente”, ou seja, uma notícia de última hora, então tem a possibilidade de ser trabalhada sem pressa.
Para ver a notícia completa acesse
http://www.radiorural.com.br/noticias.php?nId=leitura&idcat=20&idnot=8248

Gabriele Fernandes Siqueira