O UNIVERSO DA ANÁLISE:

Os veículos de Mídia para análise foram selecionados pelos acadêmicos de forma aleatória e representam geograficamente veículos inseridos nos locais de residência dos alunos, bem como, espaços de leitura cotidiana

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Coligações X Ditadura

Por: Kate Bianca Pech Gavin, Anna Sela Sgarabotto e Janaína Moura

Tudo começou com uma nota oficial do partido que explicou que Pinho Moreira "insistiu em se reunir com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e com a candidata Dilma Rousseff, com quem assumiu compromisso de apoio eleitoral em Santa Catarina". Ponderou, também, que este compromisso assumido pelo diretório catarinense "gerou atitudes do PT em Estados onde havia empecilhos à coligação", e que estas atitudes "criaram condições para que a aliança nacional com o PMDB fosse realizada". A assessoria de imprensa do partido encerra a nota oficial dizendo que "a Executiva Nacional se vê obrigada a assegurar que, no processo político, palavras e compromissos assumidos sejam cumpridos integralmente".
’Como os catarinenses mantiveram a convocação de convenção estadual no dia 26, a executiva também baixou uma "norma acessória", determinando que a convenção de Santa Catarina deve ser realizada no dia 30. A partir daí, Pinho Moreira tinha o prazo legal de oito dias para apresentar a defesa em nome do diretório local. Amigo de Temer que acompanha cada passo da executiva nacional, o deputado Eduardo Cunha do PMDB-RJ, diz que a situação é política e que a solução tem que ser política também. Segundo ele, o argumento "político" para a intervenção é o descumprimento do compromisso que Pinho Moreira assumiu com Temer e a candidata petista a presidente. "Não podemos começar uma aliança passando a imagem de pusilânimes", justifica Cunha”.
Com todo esse tumulto na verdade Pinho Moreira queria coligar-se a Colombo, ou seja, DEM com o PMDB, sendo que o DEM apóia para presidente José Serra, já o PMDB apóia Dilma Rousseff, o que causaria conflitos em dimensão nacional envolvendo os dois partidos, pois eles estariam se contradizendo, em estado e país.
No momento todo essa confusão resultou na seguinte noticia: Fonte: Rádio Rural - “PMDB suspende a filiação de Eduardo Pinho Moreira”
“O PMDB catarinense não poderá substituir o ex-governador Eduardo Pinho Moreira na chapa de Raimundo Colombo. É o que informa o deputado Eduardo Cunha, conforme nota no "Blog do Noblat". Leia:
A Executiva Nacional do PMDB decidiu há pouco abrir medida cautelar e processo de expulsão contra o presidente regional do partido em Santa Catarina, Eduardo Moreira.
A cúpula do partido é contrária à iniciativa de Moreira que confirmou aliança com Raimundo Colombo (DEM), candidato ao governo local. "Com a medida cautelar, Eduardo Moreira na prática deixa de fazer parte do partido, não pode representar o PMDB", garantiu ao blog o deputado Eduardo Cunha (RJ) presente na reunião de hoje.
Com a medida, Colombo deve buscar outro nome para compor a chapa como vice. "Ser for outro nome do PMDB, o caso deverá ter o mesmo desfecho do Eduardo Moreira", ressaltou Cunha. Além da medida cautelar, o partido também encaminhou ao Conselho de Ética processo de expulsão de Moreira, que deve ser analisado nos próximos 60 dias.
A ideia de intervenção também não foi descartada e ainda é analisada pela cúpula do PMDB como forma de mostrar força frente ao diretório regional do partido”.

Ficam aqui alguns questionamentos para melhor análise do caso: Quanto vale as ideologias propostas por um partido, em contra partida de suas deficiências? Resumindo, um partido se edifica sob diversos princípios, mas isto não garante pessoas capacitadas para assumir cargos políticos. Assim muitas vezes deixando de lado suas ideologias para apoiar pessoas capacitadas de outros partidos com diferentes ideologias?
Partidos é uma Ditadura? O maior decide, e os demais dizem sim?

Dunga e Rede Globo: Batalha de titãs

Gabriele Siqueira e Gislaine Zanella

Dunga e a Rede Globo de Televisão estão em guerra. Após vários cortes de regalias feitos pelo técnico a “toda poderosa” emissora, o clima ficou tenso entre as duas partes chegando ao ponto de Dunga proferir algumas palavras pejorativas a um jornalista da TV Globo. Ambos disputam a tapas o controle da seleção brasileira, se por um lado a emissora tenta de todas as artimanhas para garantir sua exclusividade, do outro o técnico garante que sua concentração seja impenetrável.
O campo de batalha foi montado muito antes de o avião brasileiro decolar para África do Sul. Desde que assumiu o controle da seleção, Dunga não tem sido muito simpático com a imprensa. Em 2008 ele vetou a participação de Diego e Robinho num programa televisivo e nas Olimpíadas de Pequim na China, chegou a acreditar que alguns jornalistas, especialmente os da Rede Globo, torciam contra o Brasil e queriam sua demissão.
“Dunga resistiu ao fracasso olímpico, passou a acumular bons resultados e ganhou força para perseguir seus desafetos, inclusive na Globo. O ápice da disputa aconteceu quando pediu a demissão de Mário Jorge Guimarães, um dos principais profissionais da emissora até então na cobertura da seleção. Guimarães acabou deixando suas funções na Globo e assumiu um cargo executivo no Sportv, canal esportivo por assinatura da empresa. No ano passado, no próprio Sportv, Dunga atacou sem rodeios a cobertura que a emissora fazia sobre o time”.
Com o Mundial o técnico aproveitou para se “vingar” e mostrar que, enquanto ele estiver no comando da linha de fogo, tem todo o controle da seleção. A emissora global já possui um histórico de regalias quando o assunto é Copa do Mundo, até mesmo a transmissão dos jogos já teve sua concessão obtida somente pela emissora. Dunga quebrou um paradigma que nasceu junto às coberturas esportivas na TV brasileira. Nem mesmo a justificativa de ter a autorização assinada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira conseguiu furar a muralha erguida pelo técnico. E pela primeira vez na história a “toda poderosa” perdeu o rebolado.
Dunga ganhou o apoio do povobrasileiro e o ciberespaço transformou-se em uma corrente de apoio a seu favor. Uma prova são as manifestações no twitter, MSN, Orkut e facebook. Manifestações como “Cala a boca Galvão”, ou o boicote para a transmissão dos jogos pela emissora foram os mais populares entre os twitteiros.
Por outro lado, parece que Dunga trocou de papel com Zangado e passou um tempo na “Cidade de Deus”. Ao agredir verbalmente o jornalista da Globo, Alex Escobar, no Soccer City, durante a entrevista da Fifa, após a vitória de 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, o técnico baixou o nível igualando-se a seu adversário. Tal fato ofuscou o que poderia ter sido uma gloriosa batalha, jamais alcançada por nenhum outro técnico.
Para Luís Felipe Scolari, um general que passou pela mesma batalha e conquistou o título do penta na copa Japão e Coréia do Sul em 2002, Dunga falhou nessa estratégia. Em um evento onde todas as câmeras do mundo estão direcionadas em apenas um lugar, é necessário manter o equilíbrio e a compostura. “Não adianta um bater aqui, o outro bater ali. Então, vamos todos nos aturar e, quando o Mundial terminar, um manda o outro para o inferno e, pronto, acabou”, conclui Scolari.

Dunga corta privilégios da TV Globo

Por: Damara Savoldi, Fabiana Martins e Geneci Loli

“A briga entre Dunga e a Rede Globo, escancarada pela emissora na noite de anteontem no programa "Fantástico", é mais um capítulo de uma disputa inédita por mais acesso à seleção brasileira”.
O repórter Tadeu Schmidt detalhou o episódio. Durante a coletiva, Escobar conversava com o próprio Schmidt ao telefone. Ao ouvir Dunga tecer críticas ao trabalho da imprensa, Escobar reagiu balançado a cabeça, em sinal de desaprovação. O treinador interrompeu a resposta que dava, sobre pressões para que Luís Fabiano deixasse o time e então interpelou Escobar: “Algum problema… Ah bom, pensei que tinha…” Enquanto outro repórter formulava sua pergunta, Dunga balbuciou palavrões e xingamentos – captados pelos microfones da sala de imprensa.
Mas, a rivalidade entre Dunga e Globo não é de hoje. “Ao longo dos últimos dois anos, o treinador encerrou décadas de privilégios da TV e partiu para o confronto”. Um exemplo ocorreu nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, após o jogo contra a Bélgica com a vitória brasileira por 3 a 0. Dunga se virou para a tribuna de imprensa e despejou uma série de palavrões, antes de um gesto irônico de 'tchau'. Tudo flagrado pelo telão do estádio. O destino da mensagem era os profissionais da Rede Globo.
A rivalidade realmente existe. Em todas as oportunidades, Dunga tenta se posicionar justificando sua conduta perante a seleção Brasileira. Ele entende que, o futebol deve ser praticado com patriotismo e profissionalismo. Na visão dele, não deve haver tanta interferência da mídia nas concentrações da equipe. Dessa concepção nasceram os problemas com a Rede Globo, que pela primeira vez foi barrada quando tentou transformar jogadores de futebol em astros para alimentar suas pautas.
“Nesse caminho”, o técnico partiu para um lado não aconselhável quando se quer defender uma ideia. Dunga, talvez por sua personalidade forte, “acumulou palavrões contra profissionais da emissora, pediu a cabeça de desafetos no canal e se colocou no papel de censor e crítico de reportagens”.
“Os primeiros pedidos da emissora negados por Dunga datam de maio de 2008, quando o Brasil fez um amistoso com a Venezuela em Boston. Na ocasião, o técnico vetou a participação de Diego e Robinho em programa. O ápice da disputa aconteceu quando pediu a demissão de Mário Jorge Guimarães, um dos principais profissionais da emissora até então na cobertura da seleção. Guimarães acabou deixando suas funções na Globo e assumiu um cargo executivo no Sportv, canal esportivo por assinatura da empresa”.
Mas, Dunga mostrou que levou as situações para o lado pessoal quando, “no ano passado, no próprio Sportv, atacou sem rodeios a cobertura que a emissora fazia sobre o time. Criticou reportagem do jornalista Mauro Naves, outro que esteve em Pequim, em que o profissional descrevia um treino da equipe como "leve" --Dunga detesta quando alguém fala que seu time não treinou pesado. Falcão, um dos principais comentaristas da emissora, é outro profissional da Globo na lista negra do técnico”.
“Em maio, no dia em que anunciou os 23 jogadores que iriam ao Mundial, Dunga fez rara deferência à emissora e concedeu entrevista ao vivo no "Jornal Nacional", dando sinais de uma trégua”. Descontraído e sorridente, Dunga respondeu com humor aos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes. Quando questionado sobre a ausência de Neymar e Ganso na convocação, o técnico respondeu claramente: “A história na seleção demonstra que jogadores sem experiência que foram à Copa do Mundo não deram muito certo. Mas eles são grandes jogadores”. Quando os apresentadores compararam a seleção atual com a de 1994, Dunga gostou, justificando que esse foi um de seus objetivos: “resgatar a vontade de jogar pelo Brasil”. No fim da entrevista, houve uma brincadeira. Fátima perguntou para Dunga se ele já estava acostumado em ser chamado de professor. Ele respondeu sorrindo, que se sentia constrangido porque sua mãe era professora...
Esta atitude de Dunga mostrou maturidade, porque ele soube conduzir a situação, justificando suas escolhas na convocação com educação. “Na Copa, porém, a relação se deteriorou rapidamente depois que Robinho, em dia de folga, falou com a TV em um shopping --foi obrigado a pedir desculpa ao elenco”. Ao que parece, o técnico não soube expressar sua “política de liderança”, porque, mais uma vez, preferiu ser rude ao invés de explicar o contexto. Todo o time pagou por uma falha de comunicação. Segundo Robinho, ele não sabia da proibição.
“O ataque de anteontem foi a gota d'água, motivando a resposta da Globo, que deve azedar ainda mais uma relação que já foi umbilical”. Agora Globo e Dunga estão partindo para uma guerra inútil, que prejudicará a seleção Brasileira e os torcedores. A primeira, por perder o norte de conduta em campo e os brasileiros, por não serem informados jornalisticamente, mas somente de brigas fúteis e desnecessárias.

Brigas entre Dunga e Imprensa não dão tréguas

NOME: Anna Paula Sgarabotto


A briga do técnico da seleção brasileira com a imprensa , parece que está apenas começando. Primeiro três jogadores iriam ceder entrevista a Rede Globo e o técnico barrou os atletas.
Que a Globo se julga a rainha da cocada preta, isso ninguém discute , mas a coragem do técnico de impor certas normas é o que de fato chama a atenção. Ele foi proibindo as imagens dos treinos, proibindo entrevistas de jogadores, e soltando alguns palavrões .
Talvez seja um pouco de exibicionismo, mas me pergunto: para que em plena copa, quando indiscutivelmente já se é o centro das atenções, para que dificultar o trabalho da imprensa, ofender os jornalistas, comportando-se como um garoto mimado que não quer seus limites invadidos?
Notícias da Internet divulgam que a jornalista da Rede Globo Fátima Bernardes, chegou na véspera do jogo contra a Coréia do Norte querendo fazer uma entrevista exclusiva e o técnico se negou “ou a entrevista é para todos ou para ninguém “. Fátima até tentou argumentar, mas nada de convencer Dunga.
Parece que o jeito Dunga de ser não é só com jornalistas brasileiros. Nesta copa, ele anda desrespeitando diversos profissionais independente da nacionalidade, querendo sentir-se o todo poderoso, apenas por liderar a única seleção pentacampeã do mundo.
Mas nem só de discussões vive Dunga, se aos jornalistas ele distribui patadas, sobra diplomacia e respeito ao se pronunciar sobre outras seleções . Não há provocações nem discussões registradas neste sentido.
O mau comportamento invadiu até a Internet, onde além de diversas noticias trouxe inúmeras postagens do Twitter , criticando o posicionamento do técnico da nossa seleção .
Dificil acreditar, que tanto um lado como o outro da discussão vão se acalmar, vendo que a função da imprensa é justamente , acompanhar e conseguir furos, porém o técnico parece cada vez mais irredutível.

Copa na Band

Nome: Janaína Moura, Kate Bianca Pech
7ª fase Jornalismo

Texto: Dunga corta privilégios da TV Globo


“A briga entre o Dunga e a Rede Globo, escancarada pela emissora na noite do dia 20 no programa “Fantástico”, é mais um capítulo de uma disputa inédita por mais acesso à Seleção Brasileira. Ao longo dos últimos dois anos, o treinador encerrou décadas de privilégios da TV e partiu para o confronto.
Nesse caminho, acumulou palavrões contra profissionais da emissora, pediu a cabeça de desafetos no canal e se colocou no papel de censor e crítico de reportagens”.
Punir a Globo por ter tentado fazer uma entrevista exclusiva com jogadores da Seleção, com autorização do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é uma bobagem. Teixeira autorizou. A Globo foi lá. Se Dunga não permitiu, tudo bem, está no seu direito. Mas agredir verbalmente o repórter da Globo, em público, sabendo que ele não poderia revidar na mesma hora, está errado.E ficar resmungando contra ele está mais errado ainda.
O fato do técnico Dunga ter se transformado num verdadeiro “João Gordo” da imprensa após aquele arranca rabo com jornalistas da emissora na noite de domingo, não quer dizer que a TV Globo e seu principal narrador esportivo, Galvão Bueno, devam igualmente ser tratados como inimigos públicos, através da própria imprensa e dos bloggeiros, twuiteiros e nada pra fazer-eiros. O faturamento e o salário deles independem do que pensam os blogueiros e seus leitores. Basta conferir os índices de audiência que eles alcançam.
Ninguém é obrigado a ouvir o Galvão e ver a Globo. Se eles mantêm a liderança antes, durante e depois desta Copa do Mundo e de todas as anteriores, é porque a maioria da população gosta do trabalho que eles levam ao ar. Claro que tem gente que não gosta, e até os odeia, lançando mundo afora a campanha "Cala boca, Galvão", mas não se pode, em razão de um episódio, desqualificar o trabalho de centenas de competentes profissionais do jornalismo esportivo da TV Globo. Nem mesmo o excelentíssimo treinador Dunga.
Dunga, por sua vez, tem toda razão em não aceitar privilégios para emissora alguma e está no seu direito de preservar a privacidade dos seus jogadores, que não podem ser tratados como coadjuvantes de luxo em programas da TV Globo, como vimos em Copas do Mundo anteriores. Nem a Globo precisa disso.
Outra coisa é ter um chilique ao vivo e sair disparando palavrões para o mundo todo ver e ouvir seu descontrole emocional, mesmo após mais uma vitória da seleção brasileira, como se viu na entrevista coletiva de Dunga ao final do jogo contra a Costa do Marfim.
Tudo isso poderia ter sido evitado, se o chefe de Dunga, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, numa recaída de bom senso, não tivesse acertado com a emissora a liberação de três jogadores para participarem do Fantástico, sem combinar antes com o treinador.
Bobagens são inúmeras que acontecem no dia-a-dia desta Copa. Em outras emissoras também. A Bandeirantes se muitos não falam ou poucos assistem. Sei lá. Tem o odioso comentarista, (ou seja persistente comentarista) ex-jogador do Corinthians Neto. Neto é extremamente pessimista, puxa-saco, caipira, e ainda por cima o sabe tudo do futebol. Ninguém mais agüenta ouvi-lo em quaisquer jogos, nem ao menos vê-lo ao lado do Luciano Do Valle. Neto fala mal de tudo, desde o técnico ao gandula de qualquer competição que tenha uma bola em jogo.
Ver o Neto comentando é pior do que ver (quem sabe?) o Maradonna peladão! - Cruis Credo. E ninguém constrói se quer um e-mail mobilizando um cala-a boca ou barra a bandeirantes de divulgar qualquer coisa. Olha, que ta na hora de mudar esta concepção de que Globo é a toda poderosa, criticada e lembrar também do 4° no ibope Nacional, que também está transmitindo a Copa da África.
Twiteros, blogeiros e Dunga.Também, vamos aderir: Neto se enxerga! Você não jogou nada quando jogador, quem dirá saber comentar! Vai procurar um lote pra carpirrrrrrr. E um interiorano pra jogar!!!

E o lacre foi rompido

O Dunga realmente não está de brincadeira. Depois de várias declarações e comentários diretos ou indiretos parece que a Rede Globo de Televisão entendeu que não há privilégios na seleção do técnico, ou na era Dunga, como a emissora mesmo resolveu chamar. Depois de duas copas com acesso livre, entrando e saindo da convocação quando quisesse, com matérias e informações exclusivas, entrevistas a torto e direito e até com uma apresentadora global, Fátima Bernardes, sendo declarada pela seleção como musa, o corte foi drástico, principalmente para o lado da mídia.

Mas, como trata o texto da Folha, esse rompimento não é tão recente. Dunga sempre deixou bem claro como gostava de trabalhar e quais eram as suas condições para permanecer a frente da seleção. Segredos, mistérios e nada de privilégios, tanto para jogadores quanto para jornalistas, figuraram sua cartilha de boa conduta. A globo até tentou se adequar a esses novos parâmetros, além de deixar Falcão, considerado o comentarista numero um da emissora, em casa nesta copa, fez com que Mauro Naves, também um dos repórteres esportivos de maior credibilidade da emissora, não fizesse a cobertura da seleção brasileira, nem em treinos, nem em jogos. Talvez isso seja só coincidência, ou talvez se deva a declaração do técnico de que não gostava que Naves acompanhasse seus treinos, já que sempre os achava leves demais. Na copa da África do Sul, Mauro Naves ao invés de acompanhar a seleção, acompanha seus rivais, Costa do Marfim e Portugal, por exemplo.

Até então a situação parecia estar sob controle, tanto de um lado quanto do outro. Mas eis que o técnico mais uma vez resolve “cantar de galo” e atacar a poderosa e manipuladora Rede Globo, através do seu tímido e, pode-se dizer recém chegado repórter Alex Escobar. Sem nenhum histórico de engolir quieta as provocações a emissora se pronunciou através do jornalista que mais tem agradado nos últimos tempos, Tadeu Schmidt, falando todo aquele discurso sobre ética e responsabilidade para com o público.

O fato é que o lacre se rompeu definitivamente. É provável que a política de boa vizinhança, pelo menos em frente às câmeras continue, mesmo com a Rede Globo tendo ficado dois dias sem falar o nome do técnico ou cita-lo nas suas matérias. Segundo a própria emissora, não quer ser veiculada ao fracasso da seleção caso ela não ganhe a Copa. Isso só na frente das câmeras, porque é obvio que nos bastidores, não só entre jornalistas, mas como podemos perceber em outros programas da casa, a indignação com o técnico é total e é bem provável que a Globo utilize todos os seus poderes para prejudicar Dunga após o mundial.

Além disso a Copa do Mundo é algo que movimenta todos os países, e é claro, que a população quer ficar informada sobre o seu time, e os meios de comunicação querem vender essas notícias. A mídia sobrevive de fatos.

É...Dunga deve ter plena consciência de que, se ganhar a Copa, não fez mais que seu trabalho. Mas se perder, tem que estar preparado para o turbilhão de críticas que cairão sobre ele, do povo e da imprensa.

Daniela Heydt, Graziele Buth, Lana Cappellesso, Micheli Vergani.

DUNGA CORTA PRIVILÉGIO DA TV GLOBO

Postado: 22/06/2010

Dos enviados a Johanneburgo

Retirado do site: folhaonline.com

A briga entre Dunga e a Rede Globo, escancarada pela emissora na noite de anteontem no programa "Fantástico", é mais um capítulo de uma disputa inédita por mais acesso à seleção brasileira.
Ao longo dos últimos dois anos, o treinador encerrou décadas de privilégios da TV e partiu para o confronto.
Nesse caminho, acumulou palavrões contra profissionais da emissora, pediu a cabeça de desafetos no canal e se colocou no papel de censor e crítico de reportagens.
Os primeiros pedidos da emissora negados por Dunga datam de maio de 2008, quando o Brasil fez um amistoso com a Venezuela em Boston. Na ocasião, o técnico vetou a participação de Diego e Robinho em programa.
O choque ganhou força na Olimpíada de Pequim, quando o treinador passou a acreditar que jornalistas que faziam a cobertura da sua equipe, especialmente alguns da Globo, torciam contra o Brasil e queriam sua demissão.
Ao ganhar a medalha de bronze do torneio, virou-se para a tribuna onde estavam repórteres de vários veículos e fez xingamentos parecidos com os do último domingo --contra o jornalista da Globo Alex Escobar, no Soccer City, durante a entrevista da Fifa, após a vitória de 3 a 1 sobre a Costa do Marfim.
Dunga resistiu ao fracasso olímpico, passou a acumular bons resultados e ganhou força para perseguir seus desafetos, inclusive na Globo.
O ápice da disputa aconteceu quando pediu a demissão de Mário Jorge Guimarães, um dos principais profissionais da emissora até então na cobertura da seleção.
Guimarães acabou deixando suas funções na Globo e assumiu um cargo executivo no Sportv, canal esportivo por assinatura da empresa.
No ano passado, no próprio Sportv, Dunga atacou sem rodeios a cobertura que a emissora fazia sobre o time.
Criticou reportagem do jornalista Mauro Naves, outro que esteve em Pequim, em que o profissional descrevia um treino da equipe como "leve" --Dunga detesta quando alguém fala que seu time não treinou pesado.
Falcão, um dos principais comentaristas da emissora, é outro profissional da Globo na lista negra do técnico.
Em maio, no dia em que anunciou os 23 jogadores que iriam ao Mundial, Dunga fez rara deferência à emissora e concedeu entrevista ao vivo no "Jornal Nacional", dando sinais de uma trégua.
Na Copa, porém, a relação se deteriorou rapidamente depois que Robinho, em dia de folga, falou com a TV em um shopping --foi obrigado a pedir desculpa ao elenco.
O ataque de anteontem foi a gota d'água, motivando a resposta da Globo, que deve azedar ainda mais uma relação que já foi umbilical.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Foco na imagem

Por: Fabiana Martins

O jornalismo tem como função principal informar. Esta é a base de qualquer noticiário, por isso, todas as informações, inclusive as ilustradas são importantes para que o leitor saiba como se deu o fato ou acontecimento. Uma matéria não é composta apenas de um elemento, mas de vários, que a tornam sustentável.
Na terça-feira(11/05/10) o jornal Diário do Oeste Catarinense publicou uma matéria sobre a tragédia que ocorreu na rua Leonel Mosele, na segunda-feira(10/05/10). O jornal destacou esta matéria, colocando-a na página 13, que é ímpar, colorida e está intitulada Segurança. O texto ocupou duas colunas, enquanto as fotos ocuparam de duas a quatro colunas. As imagens foram tão destacadas, que o título, geralmente colocado antes da foto, neste caso, foi colocado depois.
Até então, nenhuma novidade. É dever do jornalismo, divulgar os fatos ocorridos, criar um título que cative o leitor a querer saber mais sobre o acontecimento e inserir imagens que representem o fato.
Entretanto, além de destacar internamente a matéria, o fato também foi parar na capa do veículo de comunicação. A foto acompanhada de legenda, com a seguinte chamada: “Tragédia na Leonel”, ocupava três colunas. Uma imagem dura, carregada de sofrimento e dor. Uma foto que dispensava palavras, pois falava por si só. A tristeza ficou estampada em um clic, que foi exposto para os leitores do Diário do Oeste Catarinense.
Eis que surge então uma dúvida do ponto de vista jornalístico. A foto exposta na capa do jornal é sensacionalista? Foi divulgada com o intuito de atrair mais leitores? Ou almejou mostrar as reais consequências causadas pela colisão, especialmente no âmbito familiar? A resposta para estas perguntas, vai depender das convicções de cada um daqueles que puderam ver a imagem publicada. Se para alguns a foto representou uma maneira de atingir um público maior, do que o atual, para outros, expôs de forma objetiva uma fato trágico e repentino.
Assim, pode-se dizer que o jornalismo anda lado a lado com o bom senso. Uma linha sutil divide o jornalismo do sensacionalismo. Dois extremos distintos que frequentemente se deparam frente a frente. É chagada então a hora de decidir. O jornalismo ainda é o melhor caminho para informar.

De quem é a culpa agora?

Esta semana quando acessei o site da Radio Rural e vi a seguinte matéria publicada no dia 26/06/2010: “Pai é preso por abusar sexualmente do filho em Lindóia”. Não tive dúvidas, este era o assunto da minha crítica.

Tudo bem, que escrever sobre este assunto (abuso de menores) requer certo cuidado, pois se tratando de crianças qualquer contexto se torna delicado. Mas o fato é que até pouco tempo atrás, o abuso sexual de crianças era tratado como um assunto proibido na sociedade. Entretanto, alguns anos pra cá esse tabu vem sendo quebrado, principalmente por conta da ação de denúncias. O que tem sido encontrado é alarmante, não apenas em freqüência de tais práticas, mas devido as conseqüências sociais. A criança, além de todo o sofrimento durante o abuso sexual, sofre danos a curto e a longo prazo e, uma intervenção precoce e efetiva pode modificar todo o desenvolvimento da criança.

O poder masculino na relação mostra que o homem ainda possui o papel de patrão, de dono e de ser superior à mulher. Contudo, um dos fatores determinantes na violência contra crianças, é baseado numa cultura em que o adulto sabe tudo e pode tudo. Com tudo isso, a visão deste homem diante do mundo e dos relacionamentos se torna muito diferente do jeito das outras pessoas. Perante o exposto, após tomar conhecimento de uma situação de abuso sexual, é importante amparar a vítima, dando apoio e transmitindo segurança, pois esta criança estará com sua auto-estima abalada, e geralmente não acredita que alguém possa ajudá-la. Para que isso pare, é necessário procurar apoio para que seja denunciado o caso, pois é denunciando que podemos combater o problema. A omissão, além de permitir a continuidade do abuso e da impunidade do abuso, também é crime, punido por lei.

Mas a sociedade não está parada e muita coisa vai mudando. A luta de mulheres e homens derruba aos poucos a dominação, e modifica o jeito de governar e de entender o papel da polícia (será??). Na maioria das vezes, o bem público vale mais que os interesses particulares! Entretanto, fechar os olhos, e fingir que o abuso sexual de crianças só pode acontecer na família dos outros é o mesmo que negar sua existência. Deixar de denunciar só defende a perpetuação doa atos.

Por: Geneci Lolli

quinta-feira, 24 de junho de 2010

“O Encanto do Bolshoi”

Por: Kate Bianca Pech Gavin

No jornal O Imparcial desta semana uma noticia me chamou a atenção, em primeiro lugar pelo assunto que estava em pauta, por ser um evento de renome e também inédito na cidade. Ao iniciar a leitura pude perceber uma linguagem diferente...
“Com uma música suave, as cortinas se abriram e o espetáculo começou. Os passos sincronizados da bailarina, em saltos e movimentos rápidos, silenciaram a platéia que assistia atenta a cada detalhe.”
O lead que frequentemente encontramos no inicio dos textos ficou mais para o meio, e foi esta linguagem que não me fez correr com os olhos as primeiras palavras. Apesar de alguns erros de concordância o texto foi completo e além, pois não deixou de passar a informação necessária e soube descrever o assunto de uma maneira diferente, apesar de Bolshoi não ser uma assunto difícil de ser poético.

Semáforo, agiliza ou atrapalha?

Acadêmica: Kate Bianca Pech Gavin

Notícia retirada site da Rádio Rural AM(04/06/2010 às 16h45)


Trânsito em Concórdia é um assunto muito pautado pelas pessoas, e geralmente não é abordado com elogios mas na maioria das vezes com criticas, principalmente em dias de chuva. Algumas mudanças sempre estão sendo feitas, creio que baseadas em estudos e verificações, porém isto não quer dizer que são “aceitas pela população”. E é uma destas mudanças que o site da Radio Rural trouxe como pauta nesta semana. O assunto é a implantação de semáforos na rótula da Sadia.
O primeiro aspecto a ser analisado na noticia é a relevância do assunto, um semáforo instalado em uma rótula não é uma coisa tão vista em outros lugares, até mesmo porque uma rótula é feita para agilizar o trânsito e dar a preferência a quem já esta nela, um semáforo já vem com outro objetivo, que não é dar preferência a somente uma via, mas sim para todas em momentos alternados. Portanto este é com certeza um assunto de interesse aos concordienses, pois os mesmo ficaram sem entender o motivo desta novidade, que é o que a noticia postada no site da Radio Rural vem explicar.
Outro ponto é a linguagem da informação, que é objetiva e coloquial, facilitando assim o entendimento do internauta. Além disso é um texto muito curto, praticamente uma nota o que para a internet é uma vantagem, pois quem navega não gosta de ficar muito tempo num mesmo assunto, assim como a internet é ágil a noticia veiculada nela precisa estar dentro deste padrão.
O veículo também utilizou de foto e áudio, a foto foi tirada no momento em que o semáforo estava com o sinal verde, o que passa a mensagem de que a passagem está liberada, ou seja, de que está andando melhor. Já o áudio que viria a ser um adicional para quem gostaria de se interar mais sobre o assunto não está correto, talvez por erro de postagem da própria emissora, porque a sonora não aborda o mesmo assunto descrito na matéria.

Aplausos para o Diário


Por: Fabiana Marins

O que antes parecia ser um problema comum em grandes centros urbanos, hoje assola a sociedade de Concórdia. Este município da Região Oeste de Santa Catarina, conhecido como a Capital do Trabalho, é alvo de preocupação quando se fala em drogas. A realidade local de hoje, já não é mais a de outrora.
“Sociedade discute combate às drogas”, esta foi a manchete publicada na capa do jornal Diário do Oeste Catarinense, na sexta-feira, dia 11 de junho de 2010, sobre a audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores de Concórdia, na noite da quinta-feira, 10 de junho. Título e foto ocupavam três colunas, mostrando a importância do assunto. A foto por sua vez, apresentava um realce especial, um banner no qual a palavra “crack” estava em evidência.
Não por acaso. A matéria intitulada, “Crack é a mais consumida”, publicada na página três, mostra as dimensões desta droga no município. Na foto em preto e branco o banner “Crack nem pensar.” aparece em destaque. Esta é a matéria principal deste espaço, abordando a problemática no texto e em um box, intitulado A prevenção, reforça a ideia de que é necessário buscar alternativas de prevenção às drogas. Mas não é só isso. A matéria secundária da página três, também abordou o tema, com depoimentos que ressaltavam esta problemática.
Por meio das imagens publicadas, dos textos, dos títulos, da linha de apoio e das cartolas, o jornal enfatiza o assunto e destaca aqueles que estão engajados contra o consumo de entorpecentes. Os textos informativos, ressaltam dados e mostram experiências que devem ser seguidas ou não. Portanto, o jornal evidencia um problema social e destaca a importância de a população conhecer esta realidade. No quesito informação e conscientização, aplausos ao Diário do Oeste Catarinense.



A mídia impõe ou é a vontade do povo?

Gabriele Fernandes Siqueira

A influência que os meios de comunicação exercem sobre a população é indiscutível, e ela pode acontecer das maneiras mais diversas, o único quesito exigido é que uma mensagem seja passada. A partir do momento que a mensagem é transmitida, ela é feita com uma intenção, seja alegrar, indignar, influenciar, convencer entre tantas outras possibilidades. Sendo assim, ela interfere diretamente no desenvolvimento da opinião pública, que segundo Freitas (2000) tem sua origem em grupos que transformam-se em públicos quando se organizam em torno de determinado assunto para refletir, criticar e procuram uma atitude comum.

Um caso interessante pode ser identificado na matéria “Rock’n Roll por amor...”, divulgada pelo jornal Diário do Oeste na edição do dia 11 de junho. Ela conta a história da banda de rock Autoclav, formada por quatro amigos que encaram a banda como hobby. O que chama atenção na matéria é o depoimento de um dos integrantes quando fala sobre a dificuldade de ser músico em período integral, ele destaca que existem bandas realmente muito boas, mas que a mídia insiste em sustentar “qualquer dupla formada da noite para o dia”.

A banda ainda fala sobre as rádios tocarem sempre o mesmo tipo de música e não abrirem espaço para uma variedade maior de estilos. Então surge a pergunta, a mídia local, em específico, veicula o que o público gosta, ou ensinou o público a gostar do que veicula? Freitas (2000) afirma que a opinião pública recebe influência de vários fatores, como por exemplo, a dinâmica de uma sociedade, quanto mais estática ela for, mais difícil será de mudar sua opinião.

Concórdia é uma cidade pequena, colonizada por imigrantes que trouxeram grande peso cultural para a região, dessa forma costumes são detectados facilmente e modificados de forma lenta. Percebe-se, não só pelo que toca no rádio, mas também pelos eventos realizados na região, que o tipo de música que mais atrai multidões é o que mais tem destaque nos meios de comunicação. E isso não acontece por que alguns têm mais espaço, outros menos, é um fenômeno cultural, e segundo o sábio Aurélio cultura é “um conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade”.

O espaço para música, ou qualquer outra atividade que seja contrastante com os costumes locais, existe, tanto que o jornal Diário do Oeste é um exemplo veiculando essa matéria. O que não se pode exigir, é que da noite para o dia a opinião pública, já formada no povo concordiense, mude da noite para o dia. Quem sabe com o tempo essa mudança possa ocorrer, com influencia de fatores sociais e dos meios de comunicação.

FREITAS, Sidinéia Gomes. Formação e desenvolvimento da opinião pública. Disponível em < http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/opiniao publica/0017.htm>, acessado em 13 de jun. 2010.

Brasil: o país do patriotismo

Acadêmica: Geneci Loli


Tempos de copa do mundo...Mais uma vez, esse fenômeno chamado futebol invade o coração e o lar de cada brasileiro, e daí por diante, só se ouve falar em patriotismo o tempo todo. A Copa do Mundo que já era esperada por milhões em todo mundo, deu seu ponta pé inicial neste dez de junho de 2010. É o evento mais esperado e cobiçado em todo o planeta.

É meu caro amigo, nesse tempo você não tem escolha! Você respira copa, você come copa, você bebe copa, você sonha copa... Em cada esquina, em cada tv ligada, em cada jornal vendido na banca e até naquele jornal velho que cobre aquele mendigo que dorme ao relento, o fato é que, neste um mês de espetáculo futebolístico ela está presente em todo canto. Se torna uma obrigação ser patriota e amar o nosso Brasil. Eu particularmente, uma amante do futebol e dos esportes, sempre fui patriota, independente da época. Seja em copas do mundo, seja em olímpiadas, ou até mesmo em um daqueles surtos patrioticos que costuma aparecer quando algum gringo, especialmente americanos, apareçam na mídia criticando ou satirizando o nosso querido país, eu amo e sempre amei o país que nasci... diferente dos alguns “patriotas” de araque, que se tornam patriotas a cada quatro anos, compram milhares de bandeiras a noventa e nove centavos cada uma, pintam as ruas, e penduram as bandeiras em todos os locais possíveis, no carro, na casa, e até no papagaio.

Porém, nestes últimos tempos não tenho amado tanto quanto antes o nosso querido país. Espero que seja algo passageiro, como espero que todas as coisas erradas e loucas que vejo acontecendo sejam corrigidas um dia. Que país é este que você pode ser assaltado, te roubam o tempo, os anos que você trabalhou e lutou para conseguir alguma coisa? Vivemos num país em que você não sabe quem são os mocinhos e nem quem são os bandidos, e no fim, você descobre que os mocinhos não existem mais neste país... somente bandidos de um lado e de outro lado, e que agem em conjunto para te sacanear.

Mas aí, o que te resta fazer? Acreditar que o país do futuro não tem um futuro? Que os que estão lá em cima “comandando” o país, são ladrões que adoram um aiatolá louco prestes a se armar com uma bomba atômica? É uma visão muito restrita do mundo! Claro que existem aqueles que são certos e querem fazer a coisa funcionar... e depende de nós conseguirmos ver isto. E a culpa é nossa, do nosso país estar assim. Culpa desse patriotismo de araque, que surge a cada quatro anos, coincidentemente ou não, em anos de eleição presidencial, e que infelizmente, após o fim da copa, este fanatismo some em questão de dias... e se o Brasil perder a copa então, o patriotismo vira ódio.

Deixemos de ser tapados, vamos ser verdadeiramente brasileiros. Vamos cobrar uma mudança em nosso país. Recuperar a imagem de nossa bandeira, e pendurá-la em nossas casas, em nossos carros, todos os dias, seja copa do mundo ou seja outro dia qualquer. É necessário aprender a cobrar uma mudança de nossos políticos! A mudança parte da cobrança, do patriotismo que deveria estar no coração de cada brasileiro, e infelizmente não está, pois está implantado no bolso de cada cidadão, e que este por sua vez, continua a gritar num só coro: “Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve!” ... Continue assim, bola prá frente Brasil!

Jornalismo Esportivo Nacional x Jornalismo Esportivo Local

Por: Damara Savoldi

“Jornalismo é jornalismo, seja ele esportivo, político, econômico, social. Pode ser propagado em televisão, rádio, jornal, revista ou Internet. Não importa. A essência não muda, porque sua natureza é única e está intimamente ligada às regras da ética e ao interesse público”. Dito isso, Heródoto Barbeiro (2006) introduz o “Manual do Jornalismo Esportivo”. No livro, o autor dá dicas para trabalhar com o jornalismo esportivo, explicando sobre este segmento do jornalismo especializado.

Para o autor, o jornalista que trabalha na editoria de esportes não deve ser somente narrador de um jogo. Precisa ter conhecimento das leis desportivas, dos jargões característicos e ainda, ter uma visão geral do contexto no esporte local, nacional e mundial.

Porém, é muito comum confundir jornalismo esportivo com puro entretenimento. Os programas televisivos de esporte nas emissoras de televisão da rede nacional estão deixando o jornalismo em segundo plano e o esporte quase não aparece. Basta acompanhar a programação para perceber a falta de foco nos espaços dedicados ao esporte. Cada dia há mais fofoca, intrigas e merchandising. O importante é polemizar sobre os jogadores, os salários e a vida íntima.

Em âmbito local é possível perceber a importância do esporte e o espaço dedicado ao mesmo nos veículos impressos, entre jornais e revistas, e no rádio. Em Concórdia, o esporte “dá leitura”. Aqui, mesmo existindo uma forte cultura ligada ao Grêmio e ao Internacional, o Campeonato Interiorano é que movimenta os veículos de comunicação, ou seja, gera boas pautas. Segundo dados da Fundação Municipal de Esportes de Concórdia – FMEC, a edição 2010 do Campeonato Interiorano conta com a participação de 67 times nas Séries A, B, C e no Acesso e envolve cerca de 1.340 atletas.

Nesse sentido, há uma cobertura intensa do Campeonato Interiorano pelos veículos de comunicação. No Diário do Oeste Catarinense, diariamente são publicadas matérias sobre as equipes interioranas em três páginas dedicadas ao Esporte. No O Jornal, o espaço é o mesmo e o Interiorano pode ser encontrado nas duas edições que circulam durante a semana. A Rádio Rural e a Rádio Aliança se revezam na cobertura e narração dos jogos nos fins de semana, e noticiam boletins diários sobre este Campeonato.

No entanto, ao fazermos uma comparação entre o cenário nacional e local, encontramos diferenças gritantes no jornalismo esportivo. Claro que as realidades são diferentes, os jogadores e o capital envolvidos também. Porém, o que quero enfatizar aqui é o conceito de jornalismo esportivo, que é o mesmo, tanto para o local quanto para o nacional, no entanto, é feito de maneira diferente. Quando Heródoto enfatiza o cuidado em não transformar jornalismo esportivo em entretenimento, se refere à banalização atual do esporte nacional. O fato dos jogadores serem famosos os torna mais importantes que o esporte e assim, tudo vira jornalismo de fofoca e não jornalismo esportivo.

Com isso, podemos considerar que os veículos locais trabalham a editoria de esporte embasada na perspectiva da informação esportiva com qualidade, pois, como enfatiza Barbeiro (2006, p. 23) “não é função do repórter esportivo querer mudar comportamentos, dar lição de moral ou querer fazer qualquer julgamento sobre a vida privada de atletas, dirigentes ou outros atores da reportagem.”

FONTE: BARBEIRO, Heródoto. Manual do Jornalismo esportivo. São Paulo: Contexto, 2006

DICA DO DIA

Por: Janaína Moura

Um tipo muito comum de colunismo é a Coluna Social, que consiste em reunir informações, (nem sempre notícias), sobre personalidades famosas na sociedade de uma cidade, região ou país. Colunistas sociais trabalham "caçando" notas sobre artistas, celebridades, milionários, figuras excêntricas, autoridades e outras pessoas. Este tipo de trabalho é muitas vezes criticado por borrar o limite entre o jornalismo e a boataria. Nos últimos tempos, este tipo específico e seleto de informação, converteu-se num verdadeiro gráfico demonstrativo dos hábitos e costumes de uma sociedade. E, não seria nenhuma presunção afirmar, que a Coluna Social é hoje em dia um verdadeiro termômetro com o qual se mede o grau e o direcionamento de uma sociedade no seu dia-a dia.

Esta realidade de “ser” um colunista social até serviria aqui em Concórdia. Se não fosse a coluna do Luís Longhini. O colunista social mais conhecido acredito pela cidade inteira, pelo espaço alcançado no jornal Diário do Oeste. Longhini como é conhecido popularmente, trás diariamente fotos de pessoas socialmente “reconhecidas” pela cidade, todos os dias no jornal. Mas ai que está o porém. Fotos estas que trazem por muitas vezes, as mesmas pessoas, os mesmos elogios, os mesmos adjetivos e os mesmos erros de português.

Nada tenho contra ele, pelo contrário, o admiro e lhe tenho certa simpatia. Mas para desenvolver uma coluna social, não se deve esquecer do que se estuda em jornalismo. E nem pensar que coluna social é apenas fotos, mas sim um dos maiores propósitos que levam as pessoas a comprarem um jornal na banca. E para muitos, é o ponto principal a ser lido, (Que pena). Têm que tomar mais cuidado com os detalhes, todos estão ligados nisso e todos sempre procuram eles (os detalhes) para poder achar defeitos em alguma coisa que você faça bem, ou pelo menos imagine que faça bem. Fica a dica!

DICA DO DIA

Por: Janaína Moura

Um tipo muito comum de colunismo é a Coluna Social, que consiste em reunir informações, (nem sempre notícias), sobre personalidades famosas na sociedade de uma cidade, região ou país. Colunistas sociais trabalham "caçando" notas sobre artistas, celebridades, milionários, figuras excêntricas, autoridades e outras pessoas. Este tipo de trabalho é muitas vezes criticado por borrar o limite entre o jornalismo e a boataria. Nos últimos tempos, este tipo específico e seleto de informação, converteu-se num verdadeiro gráfico demonstrativo dos hábitos e costumes de uma sociedade. E, não seria nenhuma presunção afirmar, que a Coluna Social é hoje em dia um verdadeiro termômetro com o qual se mede o grau e o direcionamento de uma sociedade no seu dia-a dia.

Esta realidade de “ser” um colunista social até serviria aqui em Concórdia. Se não fosse a coluna do Luís Longhini. O colunista social mais conhecido acredito pela cidade inteira, pelo espaço alcançado no jornal Diário do Oeste. Longhini como é conhecido popularmente, trás diariamente fotos de pessoas socialmente “reconhecidas” pela cidade, todos os dias no jornal. Mas ai que está o porém. Fotos estas que trazem por muitas vezes, as mesmas pessoas, os mesmos elogios, os mesmos adjetivos e os mesmos erros de português.

Nada tenho contra ele, pelo contrário, o admiro e lhe tenho certa simpatia. Mas para desenvolver uma coluna social, não se deve esquecer do que se estuda em jornalismo. E nem pensar que coluna social é apenas fotos, mas sim um dos maiores propósitos que levam as pessoas a comprarem um jornal na banca. E para muitos, é o ponto principal a ser lido, (Que pena). Têm que tomar mais cuidado com os detalhes, todos estão ligados nisso e todos sempre procuram eles (os detalhes) para poder achar defeitos em alguma coisa que você faça bem, ou pelo menos imagine que faça bem. Fica a dica!

Inovador na região

Por: Damara Savoldi

O ato de agregar o uso de tecnologias para difundir informação, vem ganhando o mercado em um ritmo acelerado. O público não está mais interessado em receber a informação de maneira simples. Se for de forma impressa, há que cativar pelo layout, se for visualmente, a imagem tem que ter dinamismo e ser de fácil entendimento. E o rádio, neste segmento, deve caminhar rumo à modernização da programação, aderindo a novos atrativos, a fim de complementar o conteúdo e atrair o ouvinte.

Em Concórdia, a Rádio Aliança encontrou uma maneira de aproximar o ouvinte do rádio e melhor informá-lo sobre as notícias. No site www.radioalianca.com.br, é possível ouvir a notícia, lê-la e ainda vê-la. Além de oferecer a programação ao vivo e postar as notícias divulgadas através de textos, os jornalistas da rádio postam vídeos feitos da notícia, no momento de seu acontecimento.

Segundo o jornalista e apresentador, Alex Pacheco “o site teve muito mais acessos de internautas depois que os vídeos passaram a ser agregados nas postagens de notícias”. Antes disso, os acessos eram cerca de 2,7 mil ao mês. Hoje, os dados apontam para em média 10 mil acessos por dia*. O vídeo da notícia: “Acidente grave em Ipumirim com quatro veículos”** foi o que mais repercutiu, com cerca de 15 mil acessos.

Esses dados são comuns para grandes portais como UOL, G1 e R7. Mas, esse tipo de conteúdo em um site de rádio, que tem sua programação em ondas de rádio e na Internet, é pouco encontrado no Brasil. Podemos citar o caso da rádio Eldorado***, do grupo Estadão, de São Paulo, que além da programação normal, posta vídeos****, notícias, áudios e podcasts na Internet, em seu site. Em Santa Catarina, talvez a Rádio Aliança seja pioneira neste segmento, porque oferece ao público da região de Concórdia e do mundo inteiro, um diferencial, pois não se preocupa somente em captar o som, mas, sim, agregar valor ao material com o uso de imagem.

Observações: Não foi considerado aqui, as web rádios, que são um segmento distinto das rádios convencionais que têm site na Internet.

* Todos os dados referentes aos acessos ao site da Rádio Aliança, foram divulgados pelo jornalista e apresentador, funcionário da empresa, Alex Pacheco, em entrevista à autora.

** Disponível em: http://www.radioalianca.com.br/arquivos_internos/index.php?abrir=noticia s&acao=conteudo&cat=4&id=16563.

***http://www.territorioeldorado.com.br/

****Exemplo de postagem de vídeo do site Eldorado: http://www.territorioeldora do.limao.com.br/musica/mus56780.shtm

Não basta ter voz bacana, é preciso conhecer

Por: Geneci Loli

Iniciar uma discussão sobre a importância da comunicação popular, mais especificamente sobre o rádio e ainda mais comunitário, requer o reconhecimento da democratização dos meios de comunicação, como possibilidade da circulação de informação e conhecimento. Ocasionalmente, os meios de comunicação produzem riquezas além do lucro de seus proprietários. Por vezes, até valorizam a cultura popular, mesmo a tachando de extraordinária e folclórica.

Há casos históricos em que mesmo faltando um ou outro desses aspectos em uma rádio, esta consegue prestar bons serviços à comunidade onde se insere. Há rádios que facilitam mais o acesso na programação. Outras, embora sejam conduzidas por pessoas comprometidas com a melhoria da “comunidade”, não têm tradição de facilitar o envolvimento amplo de representantes das organizações locais.

A contrapartida desse processo é a exaltação de “atitudes comunitárias” que agrupam as pessoas em volta de uma rádio comunitária, e apresentam voz legal para atuar nas rádios. Mas não basta ter uma voz bacana. Tem que se ter conhecimento, ser formado! Diante do papel desempenhado pelas rádios comunitárias, não há como abrir mão de conceitos teóricos indispensáveis para a compreensão das especificidades do processo de comunicação nas comunidades. A construção de uma comunidade e a convivência dentro da mesma não é simples. Envolve interesses, ideologias e paixões. Por outro lado, uma comunidade legítima oferece resultados tão consistentes que contagiam as pessoas envolvidas.

A rádio comunitária é facilmente reconhecida pelo trabalho que desenvolve, pois transmite uma programação de interesse social vinculada à realidade local. Não tem fins lucrativos, contribui para ampliar a cidadania, democratizar a informação, melhorar a educação informal e o nível cultural dos receptores, e na maioria das vezes não possui radialistas formados e capacitados para tal. A emissora radiofônica comunitária permite ainda, a participação ativa e autônoma das pessoas residentes na localidade, e de representantes de movimentos sociais nos processos de criação, planejamento e na gestão da emissora. Enfim, se baseia em princípios da comunicação libertadora que tem como norte a ampliação da cidadania.

Em razão desta diversidade, há que se ter cuidado na classificação. Radio comunitária, radio rural, radio cooperativa, radio participativa, radio livre, alternativa, popular, educativa… Algumas estações pertencem a organizações sem fins lucrativos ou a cooperativas cujos membros constituem sua própria audiência. No entanto, o que na maioria das vezes se vê por aí são locutores sem formação, sem conhecimento e sem nenhuma instrução de como fazer comunicação de verdade.

Deixando a desejar

Por: Lana Cappellesso

A competitividade dos veículos de comunicação em cidades pequenas como Concórdia é grande, por isso acredito que os meios de comunicação devem se esforçar para sempre fazer mais e melhor.

Tanto o site da Rádio Rural, quando o da Rádio Aliança, possui links para uma página dedicada somente ao esporte. Na Rural, encontramos a página bem organizada, chamativa, com notícias atualizadas sobre o esporte de Concórdia, região, e de futebol nacional.

Na Aliança, a página apresenta apenas links, um abaixo do outro, sem despertar qualquer interesse no leitor. Além das datas de publicação serem distantes umas das outras. Se o leitor busca atualidade no esporte, não adianta recorrer ao site da Aliança.

As pessoas têm suas preferências. Há aqueles que gostam nas notícias policias educação, economia, esporte, e assim por diante. É necessário que para cada uma dessas preferências, haja uma dedicação do veículo de comunicação para levar qualidade.

Como expressei no início, o mercado é competitivo. E a realidade de Concórdia já comporta a junção de rádio, jornal e internet para uma mesma notícia. Há de se investir em um número maior de profissionais para que se possa levar informação com qualidade e periodicidade. A rádio Aliança é tradicional em Concórdia, e possui profissionais competentes. O problema está em acumular muitas funções, para pouca mão de obra. Deixando assim, a desejar na qualidade e quantidade de informações.

Na vida é assim, vence o melhor.

Rumo ao Hexa

Por: Fabiana Martins


A copa do mundo está sendo o centro das atenções nos últimos dias. Cornetas, camisas, bandeiras e muita empolgação fazem parte da torcida brasileira. A cada gol da seleção, o Brasil se aproxima da tão sonhada taça de Hexa Campeão, por isso, a torcida é grande.

Em Peritiba, esta competição mundial está inserida no ambiente escolar, conforme a matéria principal da página 12, intitulada “Copa do mundo em gincana”, publicada no jornal Diário do Oeste Catarinense, na sexta-feira, dia 18 de junho de 2010, na editoria de Educação.

Apesar de estar em uma página par, este espaço é colorido e aborda atividades desenvolvidas pelo Programa Segundo Tempo, do núcleo de Peritiba, o que além de reforçar a importância da competição, também promove a cidadania, pois em um box, diz que assuntos como: a paz entre as torcidas, a disciplina e as punições para as atitudes de indisciplina serão debatidos.

Com uma linguagem de fácil entendimento, o texto, juntamente com a foto, expressam o que está sendo realizado na instituição de ensino. Mas não é só isso. Por meio desta publicação, o jornal dá um foco regional para uma competição mundial, mostrando desta forma, o que este fato muda para a realidade local. De nada adianta noticiar um acontecimento de grande abrangência, se não for possível o adequar à realidade do local para o qual são veiculadas as informações. Assim, além de informar, este veículo de comunicação impressa, passa a formar opiniões, pois o que foi veiculado pode servir de exemplo para outras instituições de ensino.

Desta maneira, é possível perceber que o jornalismo se faz valer quando consegue extrair de um fato longínquo a essência para a realidade local. Afinal, é dever desta profissão manter o público bem informado sobre tudo o que ocorre, neste caso, especialmente sobre o que diz respeito às proximidades geográficas.

Quanto à seleção brasileira, o jeito é continuar torcendo e sonhando com o Hexa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Crônica como instrumento jornalístico

Por: Gislaine Zanella

“Colunistas de qualidade e de credibilidade” foi uma das minhas últimas pautas. Como mencionado anteriormente, um colunista não nasce de um dia para o outro. Para deter uma coluna nas páginas de um jornal impresso ou até mesmo em portais eletrônicos, exige-se respaldo e uma história de credibilidade.
Não ter receio de falar, mas falar de uma forma que o público não perca o respeito é uma das características plausíveis em alguns colunistas como Paulo Gonçalves, Leandro Ramires Comassetto, Jean Carlos Vilas Boas Souza, Douglas Fortes, Clélio Ivo Dal Piaz, Leonardo Boff, Cesar Techio, entre outros profissionais de “peso” que opinam em jornais, sites e também nas rádios de Concórdia. Não poderia deixar de mencionar ainda, o colunista do Diário do Oeste e jornalista, Gilmar Monticelli.
Para relatar histórias, vivências, ideologias, elogios e fatos para o leitor, Monticelli utiliza a crônica. Uma das formas mais antigas utilizadas pela comunicação no país, a crônica é considerada um gênero totalmente brasileiro. Para o pesquisador Martinez Albertos, o gênero opinativo é a “narração direta e imediata de uma notícia com certos elementos valorativos que sempre devem ser secundários a respeito da narração do fato de si”.
A crônica precisa ser um bate-papo, uma conversa, no entanto precisa conter uma linguagem poética, artística que traduza de forma diferenciada o fato ao leitor. Humor, temperamento, sátira, ironia, crítica, e às vezes até um pouco de cinismo, estão sempre presentes nas autênticas e irreverentes produções do colunista que envolve o público até as últimas linhas do texto.
Para exemplificar, compartilho a crônica de Monticelli presente na página de Opinião (2) do DOC na edição veiculada no dia 9 de junho.


O grande chá de perna
Por Gilmar Monticelli
Joelhos, varizes, músculos, nervos, quadris, coluna... paciência. Tudo isso foi treinado e submetido à exaustão no Grande Show da Espera. Não é de hoje que, no Brasil, cumprir horário é uma verdadeira cruzada, um sacrifício danado, uma peleja contra o próprio caráter tupiniquim. Infelizmente, somos assim. E não aprendemos. Começar algo na hora certa é, para nós, algo inaceitável. Talvez resquícios da preguiça verde-amarela, genética herdada desde os primórdios. Somos índios e escravos, afinal.
Há uma grande polêmica entre as conversas de bar, nas ruas, calçadas, lojas e por aí vai, sobre o atraso no início do show da dupla Vitor e Léo, os queridinhos do momento. Bem, povo (enquanto instituição) é almoçado cotidianamente pela propaganda. Está na mídia, é consumível. Disse que é bom e disse reiteradamente, vira verdade. Então, vale a pena qualquer esforço.
Ouço gente indignada por todos os cantos. A reclamação é geral. Ficar de pé, plantado a espera dos artistas enfureceu quem lotou o Centro de Eventos. Um chá de perna há muito não experimentado transtornou milhares. Eu disse, MILHARES!
Certo, vamos então tirar algo de proveito disso. Que as pessoas tenham este mesmo apetite que tiveram, ao tomar um chá de perna, do Vitor e Léo, para com os eventos culturais de Concordia. Afinal, nunca aconteceu de, por exemplo, alguém ficar esperando os artistas que se apresentam no teatro da Casa da Cultura e no Memorial Attílio Fontana. Eventos do Sesc, como o Sonora Brasil e tantos outros, são simplesmente ignorados pelos concordianos e suas famílias. Por que? Porque não estão na televisão, não aparecem no Faustão, nem são tocados nas rádios aqui da cidade, comprometidas até os tubos com o descartável.
Pena das pessoas que ficaram esperando? Me desculpe, mas não tenho! Povo que valoriza só aquilo que a televisão enfia olhos adentro, diariamente, como um mantra, e corre desesperado para comprar ingresso, como se o próprio Jesus estivesse atrás de um violão e de um microfone, precisa passar por isso, de vez em quando. Para cair na real!
Garanto que as manifestações artísticas verdadeiras, geradas aqui dentro de casa, jamais farão com que as pessoas fiquem esperando. É para elas que devemos comprar ingresso e levar os familiares.
O Projeto Palavras, do meu amigo Marcão, começa no horário, lá no Memorial. Nem isso, faz com que as pessoas corram desesperadas para ouvir poesia e música de primeira. Parece que temos uma tendência a gostar de apanhar, nosso lombo ainda tem espaço para mais bordoada. Já não basta a pústula política nacional. Quem nos menospreza, tem o nosso consentimento, nossa veneração... que chega ao ridículo da histeria, às vezes. Quem nos respeita, nós simplesmente desprezamos... porque não está na mídia!
Então, bom chá de perna a todos, pela vida adentro e afora!