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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os desencontros da política estadual

Acadêmicas: Daniela Heydt, Graziele Buth, Lana Cappellesso


As escolhas ou possíveis escolhas dos partidos em âmbito estadual definitivamente não agradaram o diretório nacional das siglas. Desde a afirmação do então candidato ao governo do estado de Santa Catarina pelo PMDB, Eduardo Pinho Moreira, de que não concorreria mais a vaga e apoiaria o ex senador Raimundo Colombo do DEM, que os ânimos de filiados e simpatizantes regionais, estaduais e nacionais não estão muito bons. Ao que parece Pinho Moreira tomou a decisão sozinho, provavelmente sob a influência do ex governador Luiz Henrique da Silveira, que queria continuar vendo a tríplice aliança no governo estadual, mesmo que não fosse com a cabeça de chapa.
A decisão, que inicialmente não agradou aos diretórios regionais, já que os filiados acreditavam numa possível eleição de Pinho Moreira ou pelo menos numa vaga em segundo turno, ganhou ares mais sérios na executiva nacional, que mesmo antes da convenção ameaçou intervir formalmente. No final deste mês o PMDB reuniu todos os seus militantes em uma reunião em Florianópolis e resolveu através de votação o que seria o futuro do partido no estado. Grande parte dos filiados escolheu pela coligação com o DEM, colocando Pinho Moreira como vice na chapa encabeçada por Raimundo Colombo.
Nesta quarta-feira (30), quando os partidos tem a ultima chance de colocar seus candidatos a disposição ou apresentar suas coligações, uma reviravolta no cenário do PMDB e PSDB fez com que os partidos tivessem que se reunir as pressas. No PMDB, a executiva nacional interviu, suspendendo a filiação de Eduardo Pinho Moreira, o impossibilitando de concorrer a vice na chapa de Colombo e ameaçando fazer o mesmo caso outro nome do partido fosse lançado ao cargo. O fato é que a sigla esta apoiando Dilma Roussef a presidência, e o DEM está apoiando José Serra, o que obrigaria os palanques estaduais a se dividirem, e isso definitivamente o partido em escala nacional não quer.
Já no PSDB, apesar de Leonel Pavan estar disposto a concorrer, mesmo com todos os últimos acontecimentos e acusações contra ele, a executiva nacional terminou com seu sonho, e também nesta quarta-feira, decidiu que se a sigla não apoiasse Raimundo Colombo na corrida estadual, faria a intervenção formalmente.
Quase que Luiz Henrique conseguiu o que queria, continuar a tríplice e lançar seu amigo Pinho Moreira, mesmo que para vice. Há que diga, que em âmbito nacional, quem venceu foi Paulo Afonso Vieira.
Com todos esses acontecimentos quem ganha é PP e PT, que já decidiram lançar Ângela Amim e Ideli Salvatti, respectivamente. Sem muitas brigas ou divergências as duas candidatas já estão preparando suas campanhas, o que não acontece com a “famosa” tríplice, que ainda não decidiu se permanece ou quebra.
Ainda hoje todas as coligações e candidatos precisam, impreterivelmente, estar formadas. O jeito é aguardar o turbilhão da política.

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