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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Uma situação anárquica

Por: Damara Savoldi, Geneci Loli e Fabiana Martins

A decisão de Eduardo Pinho Moreira (PMDB) está dando novos rumos para as eleições de 2010. Ao tentar se coligar com o DEM, para ser vice de Raimundo Colombo para o governo do Estado, deixando o cargo de candidato a governador, Pinho Moreira quebrou regras e acendeu uma atitude de intervenção e repreensão por parte do PMDB Nacional.
Pinho Moreira não almejou uma eleição próspera, por isso, buscou coligação. Porém, o PMDB Nacional irá apoiar a candidatura de Dilma Roussef (PT) enquanto o DEM Nacional apoiará o candidato José Serra (PSDB). Segundo o PMDB Nacional, esse quadro faria com que em Santa Catarina, os partidos que concorrem a presidência da República, se tornassem aliados. Ou seja, sem a intervenção do PMDB, haveria disparidade de ideologias e campanhas.
Por outro lado, o fato de Pinho Moreira juntamente com a cúpula estadual, tomar a decisão por conta própria e não comunicar o Partido Nacional, revoltou os dirigentes do PMDB. Aí, entra a questão dos poderes e da falta de verticalização. Os partidos Nacionais não estão conseguindo estabelecer condutas uniformes aos partidos estaduais por falta de critérios concretos, que não foram definidos em convenções. Por este ângulo, Pinho Moreira estaria respeitando a Cúpula Estadual, dentro do que se refere à não-verticalização.
Na quinta-feira, dia 1º de julho, a reunião do PMDB Nacional, que votará no Conselho de Ética, decidirá se Pinho Moreira ficará ou não sem partido e sem poder de concorrer ou fazer coligação. Para Michel Temer, presidente do PMDB Nacional, os atos de Pinho Moreira foram considerados inconstitucionais e antiéticos. O senador Pedro Simon (PMDB – RS) disse que o PMDB está agindo de forma absurda, pois está apresentando uma situação para cada estado. As palavras do senador podem ser explicadas observando que o PMDB justifica que a situação de Santa Catarina é diferente de outros diretórios regionais como São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, onde também há apoios a candidatos fora da coligação com o PT.
Dessa maneira, a conduta do PMDB está confusa. Ainda não há um consenso que possa ser aplicado em todas as situações. A liberdade de Pinho Moreira em solicitar coligação foi totalmente barrada, sendo considerada absurda, talvez porque não tenha passado pelas mãos de Michel Temer. O cenário das coligações estaduais feitas pelo PMDB, mostram que Pinho Moreira fez o que já estava sendo feito em outros estados. Isso faz com que as decisões do PMDB Nacional sejam anárquicas e os reais interesses envolvidos nas coligações efetuadas, estão sendo ocultados.

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